Sonambulismo é um dos distúrbios do sono mais curiosos e preocupantes. Além de levar indivíduos a vagarem dormindo, gera preocupação por fazer com que pessoas realizem ações complexas sem consciência, o que pode colocá-las em situações de risco. Com base nisso, uma pesquisa recente respondeu o que acontece no cérebro de um sonâmbulo. Confira!
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O que diz a pesquisa sobre o sonambulismo
Mas o que realmente acontece no cérebro de um sonâmbulo durante esses episódios? Pesquisadores do Instituto Holandês de Neurociência se dedicaram a desvendar essa questão. Eles publicaram um estudo na revista Nature Communications, revelando os sistemas neurais envolvidos e abrindo caminho para tratamentos mais eficazes.
O sonambulismo é uma parassonia
O sonambulismo se enquadra nas parassonias, uma categoria de distúrbios do sono que inclui comportamentos como terrores noturnos e paralisia do sono. Esses comportamentos variam de simples movimentos a episódios elaborados e potencialmente perigosos. A pesquisa holandesa desafiou a ideia de que esses comportamentos ocorrem apenas durante o sono REM, mostrando que também podem acontecer em outras fases do sono.
Atividades que acontecem no cérebro de um sonâmbulo
Diversos fatores, como genética e estilo de vida, aumentam o risco de desenvolver parassonias. Estresse e privação do sono são exemplos comuns. Os pesquisadores também investigaram genes associados ao sonambulismo e como diferentes estímulos podem desencadear esses episódios. Abaixo, confira as atividades que acontecem no cérebro de uma pessoa com esse distúrbio.
1. Sonhos vívidos e comportamentos automáticos
Durante os episódios de sonambulismo no sono não REM, 56% dos participantes relataram sonhos vívidos, frequentemente envolvendo perigo.
Em contrapartida, 19% não se lembravam de nada e agiam como em transe, enquanto outros tinham lembranças fragmentadas.
A atividade cerebral variava conforme a experiência: aqueles com sonhos apresentavam ativações cerebrais semelhantes às dos sonhos, enquanto os sem memórias tinham atividade reduzida, sugerindo comportamentos automáticos.
2. Som como gatilho para os episódios
Outra descoberta interessante foi a relação entre sons e episódios de sonambulismo. Geralmente, os indivíduos não se lembravam de sons iniciais, substituindo-os por perigos imaginários. No entanto, a intensidade do som influenciava a probabilidade de um episódio ocorrer, revelando um novo gatilho para o sonambulismo.
Próximos passos na pesquisa
Este estudo marca um avanço significativo no entendimento do sonambulismo, mas ainda há muito a ser explorado. Futuras pesquisas deverão focar no desenvolvimento de sistemas para registro do sono em casa e na análise de parassonias durante o sono REM. Compreender melhor os sistemas neurais envolvidos poderá levar a tratamentos mais específicos e eficazes.
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