Durante o julgamento dos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro, a temperatura no STF subiu. Na última quinta-feira, André Mendonça e Alexandre de Moraes, dois pesos pesados da Corte, entraram em rota de colisão. Saiba mais sobre a discussão entre os ministros.
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Entenda o motivo do conflito entre os ministros
Tudo começou quando Mendonça, apresentando seu voto sobre o réu Aécio Lúcio Costa Pereira, questionou a atuação da Força Nacional naquele dia (atos de vandalismo do dia 8 de janeiro de 2023).
Desse modo, o ministro, que foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, chegou a colocar em cheque a condenação do réu por tentativa de golpe de Estado.
“Eu não consigo entender e carece de resposta como o Palácio do Planalto foi invadido da forma como foi invadido. Vossa Excelência, ministro Gilmar, sabe o rigor de vigilância e cuidado que deve haver lá”, afirmou Mendonça. Uma afirmação que, com certeza, deixou muita gente com a pulga atrás da orelha.
Rebatendo as acusações
As colocações de Mendonça, no entanto, não foram bem aceitas pelo colega. Assim, Alexandre de Moraes não ficou calado e logo respondeu, classificando as palavras de Mendonça como “absurdas”.
Afinal, insinuar uma participação do Governo Gederal nos eventos não é algo leve. “Vossa Excelência falar que a culpa é do ministro da Justiça é um absurdo”, disparou Moraes, lembrando de episódios anteriores com outros membros do governo.
E como era de se esperar, Mendonça reagiu. “Não sou advogado de ninguém. Nem de A nem de B. Não coloque palavras na minha boca. Tenha dó, Vossa Excelência.”. A fala certamente aumentou a tensão entre os ministro, consolidando-se como um momento que certamente ficará marcado nos canais do STF.
Desfecho da condenação do réu
Nesta quinta-feira, 14, o STF condenou o 1º réu do 8 de Janeiro, Aécio Lúcio Costa, a 17 anos de prisão. Para isso, o tribunal sentenciou o acusado por cinco delitos, entre eles a tentativa de derrubar o Estado Democrático por meios violentos e formação de gangue armada.
A decisão sobre os atos de dano ao patrimônio e deterioração de propriedade protegida foi consensual entre os juízes. A maioria dos ministros votou pela condenação de 5 crimes e os ministros Barroso, Mendonça, Zanin e Nunes Marques votaram por penas menores.
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